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O POLICIAL - Texto de Roberto Cheng

Written By Unknown on sábado, 30 de março de 2013 | 18:38



"Policiais são humanos (acredite se quiser!) como o resto de nós. Eles vêm em ambos os gêneros, mas na maioria das vezes são do sexo masculino. Eles também vêm em vários tamanhos. Na realidade, depende se você estiver à procura de um deles ou tentando esconder algo. Quase sempre, no entanto, eles são grandes.

Encontra-se policiais em todos os lugares: na terra, no mar, no ar, a cavalo, em viaturas, e até na sua cabeça. Independente do fato de “nunca se encontrar nenhum quando se quer um”, eles geralmente estão por perto quando mais se precisa.


A melhor maneira de conseguir um é geralmente usando o telefone. Policiais dão palestras, fazem partos e entregam más notícias. Exige-se que eles tenham a sabedoria de Salomão, a disposição de um cavalo corredor e músculos de aço - muitas vezes são até acusados de terem o coração fundido no mesmo metal.

O policial é aquele que engole a saliva a grandes penas, anuncia o falecimento de um ente querido e passa o resto do dia se perguntando porque, oh Deus, foi escolher esta porcaria de trabalho. Na TV, o policial é um idiota que não conseguiria encontrar um elefante numa geladeira. Na vida real, espera-se dele que encontre um menininho loiro, “mais ou menos desta altura”, numa multidão de quinhentas mil pessoas e que fica se escondendo da polícia porque seus pais o ensinaram a ter medo como forma de educá-lo. Na ficção, ele recebe ajuda de detetives particulares, repórteres e de testemunhas “eu sei quem foi”. Na vida real, quase tudo que ele recebe do povo é “eu não vi absolutamente nada”.

Quando lhe dá uma ordem dura, para proteger sua vida, ele é grosso. Se ele te soltar com uma palavra gentil, é uma mocinha. Para as crianças, ele é um amigo, para outras, um monstro, dependendo da opinião que têm seus pais a respeito da Polícia. Ele “vira a noite”, dobra escalas e trabalha aos sábados, domingos e feriados; sempre o chateia muito quando um engraçadinho vem lhe dizer “epa, este fim de semana é (Carnaval, Semana Santa, Natal, Ano Novo,…), estou à toa, vamos à praia”, estas são as épocas do ano em que eles mais trabalham. O policial é como aquele menininho que, quando é bom, é muito, muito bom. Mas quando é mau, é abominável.

Quando um policial é bom, dizem que ele “é pago para isso”. Quando comete um erro “é um corrupto e isso vale para todos os outros da raça dele”. Quando atira num assaltante, é um herói, exceto quando o assaltante é “apenas um garoto e qualquer um podia saber”. Muitos têm casas, algumas cobertas de plantas, e quase todas cobertas de dívidas. Se ele dirigir um carro de luxo, dizem que é ladrão. Se for um carro popular, “quem ele pensa que está enganando?”

O crédito dele é bom, o que ajuda bastante porque o salário não é. Policiais educam muitos filhos, muitas vezes, os filhos dos outros. Um policial vê mais sofrimento, sangue, problemas e alvoradas que uma pessoa comum. Como os carteiros, os policiais têm que estar trabalhando independente das condições do tempo. O uniforme muda de acordo com o clima, mas, a maneira de ver a vida permanece a mesma. Na maioria das vezes é entristecida, mas no fundo, esperando um mundo melhor.

Policiais gostam de folgas, férias e café. Eles não gostam de buzinas, brigas familiares e principalmente autores de cartas anônimas. Eles têm sindicatos, federações e associações, mas não gostam de fazer greve. Têm que ser imparciais, educados e sempre devem lembrar do slogan “a seu serviço”. Às vezes é difícil, especialmente quando um indivíduo lembra, “eu pago impostos, portanto pago seu salário” e aí ele também paga impostos, portanto, ele também paga seu próprio salário.

Policiais recebem elogios por salvar vidas, evitar distúrbios, e trocar tiros com bandidos (de vez em quando sua viúva, sua mãe, recebe o elogio!). Mas algumas vezes, o momento mais recompensador é quando, após fazer alguma gentileza a um cidadão, ele sente o caloroso aperto de mão, olha nos olhos cheios de gratidão e ouve, “obrigado e que Deus te abençoe”. Eu sou um POLICIAL e me orgulho de ser agraciado por DEUS de gostar do que faço, dedicar minha vida mesmo com o risco da própria vida em prol desta sociedade que é cega e não reconhece meu trabalho, um dia isso vai mudar! Está esperando o quê para começar a enxergar?
"
 


Roberto Cheng
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